MEDALHISTAS DA 14ª OLIMPÍADA DE HISTÓRIA

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Estudantes do Ceará, Pernambuco e São Paulo conquistaram maior número de medalhas na final da 14ª Olimpíada de História, da Unicamp

Equipes dos estados do Ceará, Pernambuco e São Paulo receberam o maior número de medalhas na final da 14ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), projeto realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Mais de 1,2 mil estudantes e professores de todos os estados do país estiveram na Universidade neste sábado e domingo (20 e 21/8) para participarem da grande final presencial, após dois anos em formato online.

Ao todo, 320 equipes de todos os estados vieram para a final em Campinas. Foram entregues 15 medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. O estado do Ceará é o que mais levou medalhas: um total de 17. Em seguida, está Pernambuco, com 16 equipes medalhistas, e São Paulo com 10.

Bahia e Rio Grande do Norte somaram oito grupos medalhistas, cada. Minas Gerais e Sergipe tiveram quatro e três equipes medalhistas, respectivamente. Paraíba e Maranhão somaram duas equipes cada. Já Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Amazonas e Goiás tiveram uma equipe medalhista cada um. As demais equipes receberam medalha de honra ao mérito.

Neste ano, a ONHB somou 18 mil equipes inscritas, totalizando mais de 73 mil pessoas. Participam da Olimpíada, estudantes dos 8º e 9º anos do Fundamental e do Ensino Médio, em grupos compostos por três alunos e um professor de História.

Na fase final, as equipes realizaram uma prova na manhã deste sábado (20), que teve como tema central a participação das mulheres na política, como eleitoras e candidatas.

A entrega das medalhas foi realizada neste domingo (21) em uma emocionante cerimônia de premiação que contou com um show de rock e a presença de autoridades da Unicamp, como a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, a Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).

Também estiveram presentes representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), da Associação Nacional dos Historiadores (Anpuh) – apoiadora da ONHB – e da Fundação Petér Murányi, além de convidados, elaboradores da prova e familiares das equipes finalistas. O evento também teve um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid-19.

“É emocionante retomarmos à final presencial, pois é uma experiência importante para os estudantes. Independente do resultado, as equipes têm a oportunidade de conhecer uma Universidade de relevância como a Unicamp e compartilhar experiências com outros estudantes de realidades distintas”, afirma Cristina Meneguello, coordenadora da ONHB e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (IFCH).

Em seu discurso, a coordenadora também reforçou o compromisso da ONHB de lutar contra a proliferação internacional do negacionismo histórico.

“Um negacionismo que ameaça a memória e a história de diferentes grupos sociais, motivado não só pela ignorância, mas por interesses ideológicos. Nosso compromisso é lutar pelo acesso de todos a um sistema de educação de qualidade, socialmente referenciada e que garanta a permanência dos alunos na escola”, afirmou.

Vagas Olímpicas e prêmio de reconhecimento aos professores

No sábado, os estudantes interessados fizeram uma prova individual para concorrer à vaga no curso de graduação em História da Unicamp. A ONHB faz parte do edital ‘Vagas Olímpicas’ e, de acordo com o desempenho, alunos medalhistas têm a chance de ingressar na Universidade sem fazer o vestibular.

Durante a palestra realizada para professores na manhã de sábado, a professora Júlia Ribeiro foi anunciada como a vencedora da 1ª edição do Prêmio Joan Ribeiro. Docente do Colégio GGE (Grupo Gênese de Ensino), em Recife (PE), ela é a orientadora com maior número de equipes inscritas em 2022: um total de 110 grupos.

O prêmio é um reconhecimento aos docentes pelo empenho no apoio ao ensino e à divulgação científica em História. Por motivos pessoais, a professora não pode comparecer à final da ONHB e foi representada pelo gestor de resultados do Colégio, Glaumo Leitão.

Esta é também uma homenagem a Joan Botelho, professor do Maranhão que faleceu em decorrência da covid-19, em abril de 2021, e que foi um importante apoiador da ONHB, participando desde as primeiras edições.

Sobre a Olimpíada de História

A ONHB tem seis fases online, que foram realizadas nos meses de maio e junho, com duração de uma semana cada. As provas dessas etapas incluíram questões de múltipla escolha e realização de tarefas, que puderam ser elaboradas pelos participantes com base em debate com os colegas, pesquisa em livros, internet e orientação do professor.

Além de temas sobre a História do Brasil, a ONHB apresenta questões que permeiam assuntos interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades etc. Também é uma importante ferramenta de ensino de História do Brasil e estimula a análise crítica dos estudantes.

A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp e da Associação Nacional de História (Anpuh). Conta com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.